Quem assim com eu nasceu até a década de 70, sabe bem do que estou falando! Em minha humilde opinião foi a melhor obra da engenharia mundial e esteve aqui em "Terra Brasilis"! RD "três cinco zero", a famosa viúva. Muitos assim como eu tiveram o privilégio de "sobreviver" aos caprichos dela mas reconheço que tudo acontecia com o devido respeito. Ela não era vingativa mas era cruel com quem não a respeitava. Rodando na casa dos 200km/h, para os atuais padrões ela é ultrapassada, mas os Shelbys, Mavericks, Dorjões e etc não estão nem aí pra isso. Não pense que esqueci dos gloriosos Opala 4100. Andei num '91 e pensei que o velocímetro estava com defeito pois quando acelerei ele subiu mais rápido que o conta giros...
Mas a marca dos três diapasões vive com esse papo de remontar outras eras. Com o "retorno" da Ténéré, mais mansa, talvez a viúva volte, mas um pouco mais calma. Afinal, antigamente eram 39 pocotós, chegaram a 55 cavalos chapados de ração no auge do desespero pra andar mais rápido entre as décadas de 80 e 90 e hj especula-se que seriam somente 32 cavalinhos... coisa de IPI provavelmente. Seria um motor 4 tempos(2t não pode mais devido as emissões de poluentes astronômicas), "liquid cooled"(quem conhece a viúva sabe o que é), DOHC, um cilindro.
Não tem jeito, falar de RD remete a nostalgia... quando "kickávamos", a partida era algo sombrio. Se não tivesse jeitinho com ela, a viúva ficava mal humorada. Quando a 8ª maravilha iniciava seu ciclo de combustão, ouvia-se um som característico de seu funcionamento. "Te déééééin déin déin déin déin" era sua marcha lenta... Alguns hereges achavam esquisito, mas na maioria dos casos, sequer tinham carteira de habilitação. Os 55 pocotós pareciam estar passeando em uma manhã ensolarada de domingo se fosse utilizada até os 4900, 5000 giros. Quando o piloto terminava de abrir a porteira(digo, acelerador), o YPVS fazia o trabalho de porteiro que a Yamaha ordenou a ele e então os pocotós mostravam porquê a viúva deveria ser respeitada. A marcha lenta, esquecida logo após o engate da "dona da casa", tornava-se "marcha letal" para quem teimava em profanar a lenda.
Eles pareciam fugir do Jóquei Club do Brasil putos da vida porque mudaram a marca da ração. Era comum a RD empinar de terceira, as vezes de quarta... o segredo do sucesso é a moderação. O motor era tão brutal, que a motocicleta em si era comparada a um canhão de duas rodas. Os freios, quadro, suspensão eram pouco para tamanha supremacia. Parecia que a única adaptação que fizeram entre as pistas e as ruas foi tirar o número da scuderia que ia estampado na pintura.
O seu ronco era ouvido a quase oitocentos metros de distância. Sei disso pois morei no Conjunto residencial Nova Esperança, em Duque de Caxias, e quando as viúvas passavam pela ponte da Cidade dos Meninos, a uns oitocentos metros de distância, em linha reta e a noite, conseguíamos ouvir. Tinham uns caras da época, Jorge, Tarzan, Peixeiro, Fabinho Mecânico e outros mais, que quando estavam no "comando das pedrinhas" barbarizavam pra quem quisesse ouvir. Bom, por enquanto é só, não tenho mais detalhes técnicos e pra não me chamarem de puxa saco da Yamaha, notaram que as rodas são idênticas as da Ninjinha? kkkkkkkkk
O seu ronco era ouvido a quase oitocentos metros de distância. Sei disso pois morei no Conjunto residencial Nova Esperança, em Duque de Caxias, e quando as viúvas passavam pela ponte da Cidade dos Meninos, a uns oitocentos metros de distância, em linha reta e a noite, conseguíamos ouvir. Tinham uns caras da época, Jorge, Tarzan, Peixeiro, Fabinho Mecânico e outros mais, que quando estavam no "comando das pedrinhas" barbarizavam pra quem quisesse ouvir. Bom, por enquanto é só, não tenho mais detalhes técnicos e pra não me chamarem de puxa saco da Yamaha, notaram que as rodas são idênticas as da Ninjinha? kkkkkkkkk